(Segunda parte da nosa conversa có presidente da AGAL. Podes ler a primeira parte da entrevista premendo aqui)
CARVALHO CALERO
C: 2010 é o centenario do nacemento do primeiro Catedrático de Língua e Literatura galegas. Era este ó ano idóneo no que lle tiña que ser concedida á súa figura o Día das Letras Galegas?
F: Sem dúvida, sim. C: E a que atribúes a negativa da Real Academia Galega?
F: Segundo Ferrín porque havia vinte pessoas mais para esse posto (risos). Nom sei se lestes umha entrevista que lhe fizérom em Tempos Novos, fizérom-lhe essa pergunta e ele comentava que como Carvalho Calero havia vinte mais. Segundo Ferrín é por isso, porque nom destaca bastante. Essa é a resposta oficial (risos).
C: E ti que pensas realmente por que é...
F: (risos) Nom, o que acontece é que é mui incómodo para eles. Ai tem que primar a valentia ou a covardia, e eu penso que primou a covardia. É dizer, 'como fazemos para dedicar um ano a umha pessoa que questiona o que nós defendemos?'. Mas a valentia precisamente é isso, ser capaz de dedicar um ano a essa pessoa, isso seria espetacular, falaria mui bem deles. Mas claro, isso nom todo o mundo é capaz de fazê-lo. C: E que actividades estades a desenvolver vós para reivindicar a figura de Carvalho?
F: Entre vários coletivos criamos um site (carvalhocalero2010.net) onde estám os áudios, os videos, um par de entrevistas, um debate que saiu na TVG no ano 87 que é mui recomendável, um debate entre ele e Constantino Garcia que é espectacular. Tendes que vê-lo, porque ai vê-se realmente qual é a visom que cada um tem da lingua e até onde podemos chegar com cada umha dessas visons.
Nota: Tras algúns comentarios dos lectores e a miña reflexión persoal, modifico o título do artigo por outro máis 'suave'. O que non quita que siga opinando que o adxectivo que mellor define a nosa política a respecto do ensino do portugués en Galiza sexa 'patético'.
Intentade acertar, antes de que remate o video, de onde é esta campaña de promoción do portugués:
Brasil, unha economía maior que a española e 5ª potencia mundial en 10 anos, Portugal ó outro lado dunha fronteira imaxinaria, unha língua en común que non usamos porque 'ej que me dá bergüensa', e seguimos sen exixir o ensino de portugués nas nosas escolas.
Apostarmos pola aprendizaxe do portugués debería ser algo no que concordasemos todos os galegos, votemos ó partido que votemos. Pero imos agardar a que os demáis nos coman as papas pra decatarnos.
O pasado 25 de xuño celebramos o primeiro aniversario dos blogs Alemdominho e Nosquedaportugal, blogs que pretenden axudar ao coñecemento mutuo de Galiza e a lusofonía, coa filosofía de que o noso futuro económico e a nosa língua e cultura propias pasan por aproveitar a emerxencia de Brasil e o novo marco que -na Eurorrexión da Europa sen fronteiras- conformamos có Norte de Portugal.
Para celebrar este primeiro aniversario, parecíanos xa imprescindible abordar o, probablemente, tema máis espiñento de todos os relacionados có galeguismo e a súa abertura ó exterior, e que tamén é o que máis sentimentos enfrontados xenera: o reintegracionismo lingüístico. E que mellor xeito de facelo, entendemos, que mediante unha conversa có principal representante do reintegracionismo: Valentim Fagim.
Valentim Fagim para Nosquedaportugal Fonte propia.
Valentim Fagim (9 xullo 1971, Vigo) é licenciado en Filoloxía Galego-Portuguesa, diplomado en Historia e de 2001 a 2009 exerce de profesor de portugués na Escola de Idiomas de Ourense. Membro desde 2008 da Academia Galega da Língua Portuguesa, AGLP, e desde o ano 2009 é presidente da Associaçom Galega da Língua, AGAL.
Valentim tivo a xentileza de nos convidar a Caralladas -nosquedaportugal- e máis a Diego -Conversas Galegas- a un chá no seu domicilio en Santiago de paso que celebrabamos a conversa que pasamos a compartir con todos vós. Conversa que agardo sirva para tender pontes entre todos os que, pensando de xeitos diferentes (reintegracionistas, isolacionistas, galeguistas, independentistas, de esquerdas, de dereitas ou que non saben de que van), loitamos por unha mesma meta -a normalización da nosa língua no noso país- e deberiamos comezar a entendernos e remar pola nosa língua todos na mesma dirección dunha santa vez.
Amén.
(nota: tentei reproducir as verbas de Valentim nunha normativa que non domino. Desculpas polos erros. E que desfrutedes da conversa)
UM POUCO DE HISTÓRIA... Caralladas: Nos anos 80 adoptouse a actual normativa da língua fronte a reintegracionista. Como foi aquela 'batalla'?
Fagim: Essa é umha parte da história que nom se conhece muito. No ano 80 a pré-Xunta encomendou a umha equipa, com Carvalho Calero de coordenador, fazer umha normativa para o galego. Em breve o galego ia entrar no ensino, na administraçom, e fazia falta umha norma. Carvalho Calero organizou umha equipa onde havia gente de todos os ámbitos, reintegracionistas, ILG, etc.
Fizérom umha norma bastante elástica, no sentido de que podias usar ao/ó, ble/bel, ou aceptava as duas formas de acentuaçom (portuguesa e espanhola), o qual do ponto de vista prático podia ser um pouco caótico, mas o realmente interessante era a vontade de somar. Infelizmente houvo movimentos do ILG por detrás. Dous anos depois aprova-se umha norma que foi a oficial em que a proposta pola equipa de Carvalho Calero nom se tivo em conta.
O interessante é que se umha pessoa externa apanha as duas normas nom som moi diferentes, o diferente é a filosofia. Por exemplo, conserva-se algum manual escolar com a norma de Carvalho Calero, e na página 16 aparece um mapa 'a nosa língua no mundo' onde aparece o Brasil, Portugal, Angola, etc. Nos manuais escolares que se fam a partir do ano 83, a nossa língua no mundo já sabedes qual é...
C: ...chega ata Tui e grazas...
F: as quatro provincias e ponto. A diferença nom era tanto umha questom técnica como 'a onde se queria chegar'.
C: E onde estaba Valentim Fagim daquela?
F: (risos) Eu tinha 12 anos ainda!! Eu depois lim muito sobre o tema, mas esse é o problema, que nom se conhece. Porque isso é história, e a história nom a podes apagar. Se a gente conhecesse essa parte da história seria um bocado mais equánime.
C: Había daquela algún tipo de organización do que é hoxe chamado 'reintegracionismo'?
F: O mesmo ano que nasce o galego oficial atual nasce a AGAL, um bocado antes, em 1981. Eram um grupo bastante heterogéneo, o problema é sempre um problema de 'velocidades', a que velocidade temos que ir, os que defendiam usar já a ortografia portuguesa, os que nom, etc. C: E visto con perspectiva, ano 2010 cara atrás, pensas que a estratexia adoptada daquela polo reintegracionismo lingüístico foi a mellor que se puido ter feita? Terias mudado algo para acadar unha norma máis de consenso?
F: Estas pessoas amavam o que estavam fazendo, no ano 80 essa norma era a norma que ia ser, e de súbito "por surpresa" há um pacto entre Alianza Popular e umha instituçom também a priori galeguista. Há que por-se na sua mente, a sensaçom de frustraçom que devêrom ter. Os anos 80 fôrom anos mui duros, mui tensos. Hoje podemos dizer 'cometêrom o erro de serem mui filológicos', mas é um pouco injusto. Hà que estar na época, penso que todos teríamos agido coma eles.
Ainda no ano 89, para que vejades como estava o tema, um grupo de pessoas consegue a assinatura de quase todos os professores de língua galega pedindo umha mudança da normativa. Já levava seis anos funcionando a norma atual, a ILG-RAG, e mesmo havia a bastante constestaçom social para que os 70% dos docentes digéssem que essa norma nom valia. Evidentemente isso foi caindo, o movimento galeguista no fundo é fraco, e moita gente do reintegracionismo foi-se passando, e tampouco tem muito sentido criticar isso, era inevitável.
O REINTEGRACIONISMO HOXE C: Que estratexias estades a aplicar hoxendía de cara a ser mellor entendidos na sociedade?
F: Fazendo umha crítica do passado, penso que fomos demasiado filológicos, e pretendíamos que toda a sociedade fosse filóloga, e nom tem sentido. Toda a sociedade nom pode ser nem filóloga, nem economista, mesmo agora com a crise que há, a imensa maioria de gente...
C: Si, dimo a min... por exemplo, o de Alemaña recortando gasto público é unha barbaridade. Dino premios Nóbel como Krugman, Stiglitz, Roubini... Pero facerlle entender iso á xente é difícil. Entón, aplicado a este tema, comentabas antes que desde o punto de vista filolóxico a norma oficial do galego é unha barbaridade, pero facerllo entender á xente é moi complicado.
F: Está claro. Mais do que umha barbaridade... se te paras a analisar e buscar contradiçons, encontras cinquenta mil. Mas, com esse discurso... a quem chegas? Chegas a nacionalistas, e nom todos... C: Nalgún sitio lin o tema de que non ten sentido poñer 'guerra' con u.
F: Há tés um bom exemplo. C: Mais en portugués escríbese tamén guerra...
F: Mas em português tem sentido, porque umha palavra como geral é com g, entom para nom pronunciar 'gerra' vai com u, guerra. E em espanhol igual, tés general, e escreves guerra com u porque senom pronunciarias 'gerra'. Mas em galego oficial nom tem sentido porque o g nom vale para esse som.
É um exemplo que comentas a qualquer um pola rua e di-che "pois nunca o pensara". Argumentos coma esse há cinquenta mil, mas insisto, nom podes fazer de todos os galegos filólogos.
Entom, como podemos chegar? Depende da gente. Como podemos chegar em Vigo, por exemplo, ou na Corunha? Eu penso que polo tema utilitário. Co tema identitário nom chegas, ou chegas a mui pouca gente. Meus irmaos vivem em Vigo, som castelhano falantes, e meu pai é de Samora, e isto felizmente permite-me ter umha visom mais equánime. É bom roçar-se com pessoas diferentes. Às vezes os nossos movimentos som um pouco gueto, e pensamos que todos pensam como nós. Entom como chegas a pessoas que pensam diferente que tu? Ou que falam castelhano, ou tenhem o galego como umha língua quase mais estrangeira que o inglês? Hoje há pessoas em Vigo que escuitam ao longo duma semana mais inglês do que galego: na rua nom se escuita, a TVG nom lhes interessa...
C: Bueno, imos coa pregunta máis dura de todas: Non credes os reintegracionistas que o galego ten xa demasiados inimigos?
F: Sim, mas o reintegracionismo é realmente umha estratégia para fazê-lo mais forte.
C: Eu refírome desde o punto de vista de que, por exemplo, un dos argumentos que nos botan en cara os castelán falantes que non queren saber nada do galego, os que queren vivir en Galiza como se vivisen en Murcia, é que realmente o galego é un idioma 'inventado', porque ten unha norma que se fixo hai vinte ou trinta anos, pero que se está a tocar continuamente e seguimos sen poñernos dacordo.
Entón, ese estar sempre revisando a norma do galego, por exemplo ata hai pouco coa norma... Diego: ... a do 2003, a normativa da concordia.
C: ...tanto darlle voltas á norma non é contraproducente?
F: Sim. Por isso o que falávamos antes, hoje nom tem tanto sentido andar questionando isso. O mais inteligente hoje em dia seria conseguir para o português algum tipo de reconhecimento.
Na Galiza a língua vive-se de tres formas: há gente que vive o galego como algo incómodo; há gente que vive o galego como a sua língua, mas que a vive como sendo umha língua espanhola, nom rompe essa fronteira; e há pessoas que vivemos o galego como sendo umha língua internacional. Como conseguimos que todo o mundo fique contente? Essa é a questom.
Com normativas eu penso que é impossível, porque ao final é A ou B. Se jogamos a A ou B, ou perde A ou perde B. Agora, podia ser A e B. O tema seria conseguir para as pessoas que vivemos o galego como algo realmente internacional conseguir ter algum tipo de reconhecimento oficial, poder estar cómodos. E utilizar todo esse potencial para o conjunto da cidadania galega. É dizer: o português no ensino, os mass media em português, etc., isso é algo que na Galiza só um fanático pode estar em contra, porque com isso ganhamos todos.
Há vias por onde podemos ganhar todos. Tu conheces a dinámica de jogos?
C: Si!! Iso en economía é fundamental!
F: Entom, o tema é 'eu ganho tu perdes', ou 'eu ganho tu ganhas'. E o que temos que buscar é o 'eu ganho tu ganhas'. Mas eu concordo com vos, no tema da normativa eu nom perdo um segundo com isso.
C: Entón agora non estades tan centrados no tema da norma?
F: Nom. De facto se vês o nosso portal, o Portal Galego da Língua, realmente é isso: o tema dos cursos de português em Portugal, o tema da loja imperdível, e mais cousas que vam saindo. O tema é fazer ver aos galegos e às galegas que ser galego é maravilhoso, que nom é um coñazo, que é o que nos vendem continuamente.
Diego Iglesias e Valentim Fagim. Fonte propia.
Diego: É certo que á vista do público tedes pasado dun enfrontamento aberto coa norma ILG-RAG a unha actitude máis amigable, de coexistencia.
F: É questom de geraçons. Eu penso que a geraçom que viveu o tema dos 80 é lógico, está mui ferida por isso. Mas os sócios novos que vam entrando na AGAL é umha constante, insistem em nom perder o tempo com a norma, difundir o português, o português como oportunidade, etc. Somos gente nascida nos anos 70 e 80, e nom vivemos isso. Somos mais pragmaticos. D: Na actualidade, o reintegracionismo adoptou novos soportes: internet, a industria editorial, e algunhas iniciativas empresariais, como a galicola. C: Os da galicola tamén sodes vós??
F: Nom! Nom estamos em todas as partes! (risos) Mas esse é um tema mui bom, vam surgindo cousas que escapam das nossas maos, isso é maravilhoso. umha mudança mui importante que houvo é que antes estava todo mui centralizado. Nos anos 80 era a AGAL e pouco mais. E hoje há umha riqueza bestial.
Entre nós díze-se que 'o reintegracionismo avança apesar dos reintegracionistas'. Porque às vezes os reintegracionistas somos terríveis, mas o bom de haver tantos grupos diferentes é que a riqueza é bestial, e fai com que cada vez seja mais difícil enquadrar-nos. Antes eram todos nacionalistas, e de esquerdas e independentistas. Hoje em dia no reintegracionismo tés de todo, desde a extrema direita à extrema esquerda, é um movimento mui difícil de enquadrar. D: Existiria o reintegracionismo como o coñecemos hoxe sen o impulso que lle deu internet?
F: Eu penso que nom, porque hoje em dia nengum movimento social pode ter impulso se nom o tem na internet. Para nós foi umha bênçom, realmente. No ano 2001 nasce o PGL, e foi umha viragem espetacular. Foi quando nos demos conta que podíamos jogar a algo mais do que estar sempre no gueto. O Portal permitiu chegar a muita gente que nom teríamos chegado de nengumha outra forma pola via habitual de livros, congressos, etc.
C: En chuza gañades por goleada, eh!!
F: sim! (risos) C: Xa que mencionas o Portal Galego da Língua, queria que nos explicarades aos que non vos coñecemos moito todos os organismos e ferramentas relacionadas co reintegracionismo. Por exemplo, está a AGAL pero está tamén a Academia Galega da Língua Portuguesa, etc.
F: A academia realmente é umha instituçom criada para difundir o reintegracionismo fora da Galiza. Está conseguindo cousas super boas. C: Como meter mil palabras no dicionário priberam...
F: Isso é espetacular. O Priberam é o principal dicionário de português (nom há um dicionário académico oficial, porque nom há umha Academia da Língua). Agora, se um rapaz que está estudando português consulta o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, pode comprovar que mil palavras galegas como 'doado', por exemplo, entram a formar parte do seu léxico. Vás ao Priberam e pôs 'doado', ou 'fedelho', e aparece "galeguismo" e o significado no sentido que o usamos nós. C: É que eu creo que máis difícil que o que facedes aqui, é conseguir que Portugal ou Brasil ollen para nós.
F: A Academia está a demostrar que sim se pode comunicar com Portugal e com o Brasil, mas até agora ninguém se parou a fazê-lo com bastante intensidade. E ademáis o bom que tem é que é um parceiro que dá para comunicar, porque é umha academia. Quando vás com uma associaçom é mais complicado.
C: A Academia sodes vos tamén?
F: Somos 31 pessoas, a maioria estamos na AGAL pero quem o leva som gente diferente e estám indo por uma estratégia diferente.
C: E como funcionan organizativamente? Quen o financia?
F: Auto, auto...
C: Joder macho, esto non é negocio eh... (risas)
F: Claro, o tema seria co tempo ir conseguindo financiamento. O bom é que dá muita liberdade e que, como na AGAL, obriga-te a pensar moito. E saem projetos interessantes porque tés que dar-lhe à cabeça.
Outra cousa que conseguimos através da AGLP foi um trato para que a UAB, a Universidade Aberta de Portugal -como a UNED espanhola- se instale na Galiza. A AGLP está demostrando que, se se quer fazer, há campo para trabalhar com Portugal e o Brasil.
C: E outras ferramentas como o PGL, o dicionário e-estraviz, a loja imperdível, etc. todas elas si saen da AGAL.
F: Sim, todo isso sai da AGAL. Por exemplo, o dicionário estraviz tem 126.000 verbetes, é o principal dicionário galego na rede. Nom é por botar-nos flores, mas se fazemos umha racio entre quantos somos e os nossos produtos, nom está nada nada mal. C: Comentábame Diego de camiño para aqui que a RAG neste tema, cero. D: A RAG nin diccionario on-line ten...
F: Tem um, creio. Mas é bastante simples.
VALENTIM FAGIM
C: Para rematar esta primeira parte da nosa conversa, imos falar un pouco de Valentim Fagim. Como chegaches ata aqui?
F: Nacim em Vigo, portanto era castelhano falante. Minha mai era galega mas, como quase todos os galegos que fôrom para as cidades, renunciou a transmitir a língua aos filhos. E na adolescência, como passa a outras pessoas, tenho um período de questionar cousas. Começo a interessar-me pola língua, tento mudar de língua em Vigo mas nom sou capaz, é mui complicado, chama demasiado a atençom e estás mui isolado: com os amigos falas galego tu e ninguém mais, os pais e os irmans pensam 'que está a fazer este homem?', na escola era ainda mais complicado...
Mas entom na universidade mudo para Santiago, e em Santiago é muito mais fácil. Dou o passo. Entom começo a investigar, ler livros, etc. E um dia que tenho gravado foi um em que estava na ducha, e comecei a cantar umha cançom de Caetano Veloso: 'Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida...'
C: E dixeches "esto é galego"!!
F: Esto passou a mais gente. Eu penso que a música ajuda moito nisto. Se isto nom é galego...
C: A min pasoume con Grândola Vila Morena. "Concho, se isto é galego!!" D: Eu teño un amigo, Marcos, que está agora na Polonia, e foi pasar uns días en Londres. E nunha visita a un acuário descubríu que había uns peixes moi agresivos, traídos do Brasil, que se chamaban en inglés 'piranha', con nh... Se os ingleses dicen piranha, igual ca nós, e o escreven con nh, por algunha razón ten que ser!!
C: Non, claro, con ñ non o van poñer!! (risas)
F: Entom isso, descobres o tema. E como todas as pessoas quando descobrem algo, há um primeiro período quase de apostolado -como Sam Paulo era?- que tés umha luz que che da e cais do cavalo, e passas o dia dando a vara à gente... (risos). E depois com o tempo vá-lo vivendo com mais naturalidade. Fizem-me sócio da AGAL no ano 2001, ano em que houvo umha mudança na direçom e também na perspetiva, e até hoje.
F: Bom, sou professor de português... C: Porque ti cando viñeches a Santiago foi para estudar filoloxía?
F: Sim, História e Filologia. Daquela nom era complicado fazer as duas porque só havia cinco matérias. Entom, pola minha experiência nas aulas vás recompilando muito material, e um dia dizes 'vou por tudo isto ao serviço da gente'. Porque realmente, passar do galego oficial ao português, é fácil. Num ano, com uma dedicaçom mínima, consegue-lo.
Entom decidim fazer um manual hiperprático para isso. Algo didático. Antes o reintegracionismo nom fazia tanto isso. Por exemplo, as pessoas que nos anos 90 queríamos mudar ao reintegracionismo líamos o 'Estudo crítico'. É um trabalho da AGAL, que técnicamente é espetacular, onde se analisa o galego oficial ponto por ponto. Mas é um libro que... caralho!! Nom é um libro que podas oferecer à tua moça...
Umha obsessom que eu tenho é a pedagogia. O meu livro anterior, 'O galego (im)possível' foi o mesmo: "vou fazer um libro hiperpedagógico, para que a gente poda entender porque defendemos o que defendemos". A pedagogia é fundamental. Um erro do reintegracionismo é esse, sentar-se numa cadeira e dizer 'eu tenho a razom, ide passando por aqui'. Essa atitude antes era bastante comum. Se o ecologismo fizesse o mesmo, se o feminismo fizesse o mesmo... zero. Tés que ir tu ate a gente. E criar materiais que as pessoas podan mastigar.
C: E hai algo máis en camiño?
F: Sempre há algo mais em caminho!! Conhecedes Opentrad? Foi feito pola empresa galega Imaxin Software que fai sobre todo engenharia linguística. C: Din que Opentrad foi o responsable do 'Desván de los Monjes'!!
F: Foi, foi! (risos) O responsável foi a pessoa que meteu isso e depois nom o revisou, nom é? Mas agora o tenhem solucionado porque tenhem um sistema que reconhece as palavras em maiúscula e nom o traduze.
Entom estou a fazer com Pichel Campos um livro cujo título seria 'O galego é umha oportunidade'. A ideia é editá-lo em castelhano, em galego-português e em galego oficial. Vai ser um libro 'hiper-hiper-pedagógico', que poda ler quualquer pessoa e que seja capaz de fazer ver à gente que o galego é umha oportunidade, nom um problema. Buscamos chegar cada vez a um público mais amplo, inclusive á gente que nom pensa como nós. C: É o que che comentaba eu ó principio, eu tentaría enfocar o voso traballo incluso á xente digamos 'españolista', ou que só fala castelán, pero facerlles ver que, dentro de España, e sendo tan españoles coma os demáis e o que queiras, pero o que nos distingue dun madrileño ou dun catalán é que temos unha potencia emerxente como é Brasil, e nós temos a capacidade de tratar cun chileno e cun arxentino, pero tamén cun brasileiro que non o ten unha persoa de Madrid. Abrirlle un pouco os ollos...
F: E Angola, que está a ser umha potencia emergente no cone sul africano.
(Continuará en breve coa segunda e última parte da nosa conversa con Valentim Fagim)
Por certo, en Europa o neoliberalismo está empeñado en darnos máis da mesma menciña que nos meteu no pozo onde estamos, pero as novas que chegan do outro lado do Atlántico son moi esperanzadoras: 'Reforma financeira en USA'.
Haberá que agardar a ver que din os Krugman, Stiglitz ou Roubini, pero por fin parece que alguén está disposto a poñer límite aos despropósitos dos grandes poderes económicos.
“Estamos cegos. Cegos que vêem. Cegos que, vendo, não vêem”. Denunciaba José Saramago na súa obra “Ensaio sobre a cegueira” a inversión de valores na nosa sociedade, inmersa nun sistema económico marcado polas desigualdades sociais onde prima a persecución de beneficios empresariais por riba de calquer outro valor moral.
Para min non é casualidade que os meses anteriores á creba de Lehman Brothers estivese marcada pola especulación no mercado de derivados sobre o prezo de alimentos básicos como millo, trigo ou arroz, que chegaran a medrar a taxas do 40% anual deixando a boa parte da poboación mundial en situación de precariedade. Xa daquela moitas voces denunciaban que había que poñer límite aos desorbitados volúmenes que se manexan neses mercados, e máis aínda, que algúns subxacentes máis sensíbeis como os alimentos deberían estar absolutamente fóra dese xogo.
O tempo acabaría amosando que foron precisamente os derivados o mecanismo transmisor no inicio da crise financeira (as famosas ‘subprime’), e máis recentemente, os responsábeis da crise de confianza na sostenibilidade da débeda dalgúns países europeos. O curioso é que os derivados son, esencialmente, débeda. Un dos principais atractivos para os inversores é que facilitan un altísimo nivel de apalancamento (endebidamento), o que permite, por exemplo, investir por un valor nominal 100 cando soamente temos dispoñíbeis 10. Esta foi, ademáis, unha das razóns do seu enorme éxito as últimas dúas décadas: o volume negociado en 2009 foi equivalente a máis de once veces o PIB mundial ese ano.
Polo visto, os ‘mercados’ están preocupados polo nivel de débeda de Estados como España ou Portugal (uns 600 mil millóns de euros no caso español a finais de 2009, equivalente a un 55% do PIB), pero non o están polos 670 billóns de dólares –aproximadamente mil veces a débeda española- de valor nominal dos derivados negociados ese mesmo ano?
Máis aínda, un bó exemplo da total ausencia de control que caracteriza este mercado é que o 90% dos derivados contratados son OTCs, derivados que se negocian privadamente entre dous bancos, sen asistir a ningún mercado organizado, sen a intervención de ningunha cámara de compensación dos riscos e que, polo tanto, non estan suxeitos a ningún tipo de control ou regulamento.
Que pensariamos se un pai de familia arriscase cada semana no casino o seu xornal do mes? Acaso non veriamos que é probablemente preso dunha enfermidade, a ludopatía? Seria prudente xustificar a súa actitude en base á súa suposta ‘liberdade’ para facer coa súa vida o que lle pete? O sistema financeiro internacional xógase anualmente no maior casino do mundo, o mercado de derivados, once veces a renda anual do Planeta. É ese un xeito prudente de administrar os nosos recursos? Ten algunha lóxica consentir ese nível de especulación, endebidamento e carencia absoluta de regulación en nome da ‘liberdade’ (de mercado)?
Díxoo o Nóbel portugués moitos anos antes de que todo esto acontecera: Estamos cegos. Non hai outra explicación.
Hoxe Nosquedaportugal e Alemdominho cumplen un ano.
1 ano 12 meses 200 artigos 443 comentarios dos lectores 850 visitantes únicos ó mes (aprox) 8.000 visitantes únicos (aprox) 24.000 páxinas vistas (2.000 de media mensal) - 20.800 páxinas Nosquedaportugal - 3.200 páxinas Alemdominho
Grazas a todos por estardes ahi.
Nosquedaportugal recibe 2/3 das súas visitas do país galego. Un 22% do resto do Estado, o 6% de Portugal, 2% de UK e un 4% do resto do mundo. O artigo individual máis lido foi a primeira parte da Conversa con Antón Losada, con máis de 500 visitas, aínda que tendo en conta artigos en conxunto, a miña 'Experiencia persoal' en Luxemburgo e a continuación en Madrid superan as 750 visitas.
Alemdominho, con moitas menos visitas, é moito máis internacional: recibe o 40% das súas visitas de Portugal, o 29% da Galiza, o 17,5% do Brasil, o 5,5% do resto do Estado Español e o 8% do resto do mundo. O artigo máis lido (máis de 100 visitas) foi 'La Coruña de toda la vida, 1ª parte'.
E por se alguén ten curiosidade por saber se montar un blog é negocio... 45,66 € recadados en 12 meses polos clics dos lectores nos espazos publicitarios de google no blog (3,8 € ó mes). Un chollo!! Trema Cristiano Ronaldo!!
Visitas diarias ós blogs. Fonte propia.
A semana do 7 ao 14 de xuño superáronse as 800 visitas. O anuncio de GalegoLab e revelar a identidade de Caralladas foron as responsabeis.
Maio de 2010, récord de visitas: 2223
Queda claro que a xente conéctase a internet... no chollo!!
Puidestes comprobar que nas últimas semanas houbo algunhas novidades no blog, novidades que continuarán e irei explicando nos vindeiros artigos. Hoxe quixemos adicar o artigo simplemente a resumir as estatísticas deste primeiro ano de vida, pero anunciámosvos que esta mañá mantivemos unha nova conversa, que publicaremos en breve, e no que trataremos un dos temas máis delicados que se poden tratar a respecto do galego e da nosa língua no mundo: o reintegracionismo. Esperamos vos animedes a participar cos vosos comentarios.
Mañán os blogs nosquedaportugal e alemdominho cumplen o seu primeiro ano de vida.
A partir de mañán, temos previstos unha serie de artigos para conmemoralo, que espero sexa do voso interese. Pero hoxe o que temos é un agasallo dun lector, Tywin Lannister, redactor do blog amigo Galizauberalles, ao cal lle queremos agradecer desde eiqui por ser o primeiro dos nosos lectores que se anima a enviarnos un artigo para ser publicado... e aproveitar para convidarvos a todos a facer o mesmo cando vos apeteza, e sobre calquer temática que poida ser de interese (que básicamente ven sendo calquer cousa escrita en galego/portugués).
O artigo, titulado '1369-1469: un século clave' entronca coa serie de artigos publicados en nosquedaportugal sobre Historia do Reino de Galiza que os lectores máis antigos do blog recordaredes, a serie 'La Coruña de toda la vida' (que prometo de verdá de verdá continuar algún día.....) que podedes rescatar nas seguintes ligazóns: parte1, parte2, parte3, parte4, parte5, parte6, anexo.
E sen máis dilación, déixovos coas palabras de Lannister.
Cando un senta a analizar a historia de calquera lugar sempre pode atopar momentos de inflexión que marcan o que veu despois. Momentos que sempre plantexan a dubida de se foi posíbel outra curso de acción. No caso da historia de Galiza non cabe dubida que os momentos mais coñecidos e a vez importantes foron: 1071/72 coa fin do reinado de García I; 1128 cando os portugueses tomaron a sabia decisión de marchar; 1230 cando o reino de León é absorbido definitivamente por Castela; 1469 coa derrota Irmandiña... se falamos de datas lonxanas. E 1936, coa guerra civil e a imposibilidade de aplicar o estatuto, 1979 co estatuto da aldraxe, 1989 coa caída do tripartito e 2009 coa fin do bipartito se falamos de datas mais cércanas a nós.
Agora ben normalmente as datas, salvo casos excepcionais que reflicten feitos extraordinarios, soen servir para ordenar e resaltar procesos mais longos. Precisamente dun deses procesos, do ocorrido entre 1369 e 1469, e do que vou falar agora.
Comecemos poñéndonos en antecedentes. En 1230 o reino de León é absorbido de xeito definitivo pola coroa de Castela. Galiza que ata entón ocupara unha posición central en tódolos asuntos vai quedar relegada a un segundo plano. Isto vai obedecer a dous factores:
- a peculiar configuración do dominio señorial galego, con maior predominio da Igrexa sobre a nobreza laica. O que leva a que os reis apoien a Igrexa como método de asegurar o seu control sobre o territorio.
- o "illamento" xeográfico dada a amputación de Portugal e o "potenciación" do elemento leonés en detrimento do galego.
Como resultado do anterior a integración de Galiza na nova orde vai ser dificultosa e provocara toda unha serie de conflitos que non se solucionaran definitivamente ata que a cabeza do Marechal rode un 17 de Decembro de 1483.
A inestabilidade política vaise sumar outra social e económica coa crise do século XIV. Esta vai provocar as mesmas tensións que en calquera outro lugar de Europa e respostas semellantes: loita sen tregua polo poder para usar este como garantía de novas esixencias que compensen a diminución de ingresos (a nobreza); ou tentativa de consolidar un eido propio que impida esas novas esixencias (a burguesía).
Na Galiza esa loita polo poder vai ir enmarcada na crise herdada da integración en Castela levando a tentar resucitar o reino de León ou integrarse en Portugal. O mesmo tempo que xa no mais cotiá apareza a encomenda: un nobre aproveitando os seus recursos militares "convence" a un mosteiro, unha cidade ou unha vila de que lle ceda parte das súas rendas. Isto a parte do lóxico resentimento dos afectados vai crear unha situación de inseguridade xeral e certos lazos entre as distintas vítimas.
Por outro lado, como era a Galiza do século XIV? Pobre, atrasada e illada? Non, ese tópico repetido hasta a saciedade en tódolos libros de texto xa se fale do Bronce Atlántico, da Era Compostela ou da Galiza do XIX é falso. Galiza non sempre foi pobre e atrasada. Illada non o estivo nunca, imposíbel estalo tendo o mar o noso redor. Claro que se so miramos para o furúnculo mesetario... Tópico que ten unha razón de ser: o 50% dos nosos problemas son por causa nosa, o outro 50% e por ser parte de España, e claro iso non se pode dicir non vaia ser. En fin imos o asunto:
- Comezando polo dunha Galiza rural temos que a partir dos datos dispoñibles, extrapolacións e datos reconstruídos:
É dicir 50.000 habitantes nun hábitat urbano moi diversificado. O que fai que a Galiza da época sexa un territorio urbanizado na medida da época e cunha rede urbana densa e ben artellada.Por certo as extrapolacións e reconstrucións de datos parten dunha base. Base que é a mesma que se emprega na Historia de España ou de Francia. Claro que no primeiro caso son verdades universais e no noso delirios de nacionalistas.
- Seguindo co de atrasada e illada: Nada indica que as técnicas empregadas na Galiza da época fosen mais atrasadas que as doutros lugares. Mentres que no plano comercial Galiza exporta viño e salgaduras estando integrada nunha rede comercial con tres eixos básicos: Inglaterra, Flandres e Portugal.
Para resumir pode dicirse que as cidades e o comercio medran dun xeito ininterrompido desde comezos do século XII o XIV. 1348 o ano da gran mortaldade, cando a peste entra por Tui e Baiona e recorre Galiza, será o comezo da crise a nivel profundo e xeral. Por outra banda pese a que cidades e vilas son na súa maioría de dominio da Igrexa estas gozan dunha ampla autonomía interna. Autonomía que se ve reforzada tanto pola concesión de foros por parte dos reis, como polo feito de que durante os séculos XII-XIV a fidalguía é rural e os nobres non teñen interese ou non poden influír nas cidades. Claro que esa autonomía non é ben vista polos bispos provocando casos como o de Berenguel de Landoira, dominico francés nomeado bispo, debe conquistar Santiago, 1317-1324, e mata a 10 concelleiros. Para que despois nos vendan o conto de que aquí nunca pasou nada.
O quid da cuestión é que Galiza como o resto de Europa estaba a evolucionar cara a novas formas de organización política e económica que superaban as marxes do feudalismo o uso. A situación podería resumirse nun enfrontamento entre dous grandes grupos Bispos e Alta nobreza vs. fidalguía e burguesía. Grupos que non son homoxéneas nin sempre solidarios entre eles. O choque dos bispos e nobreza laica será frecuente.
Visto o visto as cousas vanse precipitar en 1366 co inicio da fase final da loita entre Pedro I e o futuro Henrique II. Galiza loita do lado de Pedro I e sufrira as consecuencias da derrota. Agora e cando chegan os primeiros nobres casteláns e os seus séquitos para asegurar a coroa do novo rei e con eles o comezo da diglosia. Pese a todo o conflito bélico en Galiza non se pode dar por rematado ata 1387 cando se poña fin a intervención de Portugal e do duque de Lancaster. O conflito agravou a crise económica e fixo que escudeiros e cabaleiros asentáronse nas cidades defendendo a nova orde. Pese a todo o auxe económico do XV mantenos a raia. E será por isto último polo que o período 1369-1469 sexa clave. Vexámolo:
- A recuperación comeza a fins do século XIV, acentuase a partir dos anos 20 do XV e chega a máximos nos 50 antes da guerra Irmandiña.
- Relacionado co anterior os novos nobres laicos seguen a estar moi pouco vinculados a coroa. Mentres os fidalgos encargados de controlar as cidades aburguésanse e estas rexorden con forza no político e no económico pese a perda do voto en cortes no 1425.
- A problemática relación entre todos os sectores sociais segue sen resolverse mantendo a conflitividade e tódalas posibilidades abertas.
Galiza podía ir cara a un lado ou cara a outro. Podía ver o triunfo dun proceso ruralizador e que reafirmase a postura mais rendista e tradicional de nobres e bispos. Ou podía ver a consolidación dun movemento urbano mais comercial e innovador. Coa coroa castelá sumida nunha longa crise interna que facía que so puidese ser mero arbitro e observador lonxano a solución ía ser autóctona e ligada as propias forzas do país. E esa solución ía ser a Guerra Irmandiña.
A Gran Guerra Irmandiña: primavera de 1467, outono de 1469. Co pretexto de obter o reguengo a burguesía e o comercio enfróntanse a aristocracia e as rendas. É un movemento urbano que comeza en 1466, e se espalla polo campo, cunha rede centrada nas cidades:
Os mosteiros, fartos das encomendas dos nobres, apoiaron o movemento, así non se deixou que os campesiños deixaran de pagar as rendas. (Vai sendo hora de ver a guerra non como unha revolta campesiña senón como unha proto-revolución burguesa).
Os acontecementos evolucionaron así: Xuntas xerais da Irmandade en 1467. En Medina del Campo conseguen o apoio de Henrique IV cuxas instrucións as converten no poder legal polo que ocupan as fortalezas, todas. En setembro de 1468 co pacto dos Touros de Guisando entre Henrique e Isabel remata a legalidade da Irmandade. Os nobres poden reorganizarse aparentando ser o poder legal e reconquistar o territorio. Coa reconquista nobiliar fidalgos e escudeiros confírmanse como donos dunhas cidades ruralizadas e feudalizadas.
Aí foi onde Galiza comezou a ser a do tópico: pobre, atrasada e illada. Porque o esmagamento da burguesía en 1469, vai seguir o da nobreza e os mosteiros na década dos 80. E se é certo que para a vida cotiá verse libres de semellantes nobres foi unha mellora, non menos certo é que sen clases dirixentes verdadeiramente preocupadas polo país reverter o proceso de atraso que se inicia entón é pouco menos que imposíbel. Proceso que se vai acentuar cando a política exterior da Monarquía Hispánica leve a economía galega o colapso polo enfrontamento co mundo inglés e alemán continuado na Reforma.
Para concluír, houbo alternativa?
Si se ben esta tampouco é moi gratificante. O triunfo das cidades pasaba inevitablemente polo apoio da coroa, sobretodo porque a ningunha se lle pasaba pola cabeza a integración en Portugal, idea dalgúns nobres. (Falar de independencia nese momento é tan absurdo como falar de nación). Apoio que podería darlles unha vitoria que no económico non cambiaría gran cousa: pois a política exterior ía ser a mesma e aí están as cidades de Castela para ver como acabou a cousa. Porén no plano mental e social si que habería diferenzas. E tal vez unha delas sería a aceleración da sustitución do galego polo castelán ao ser cidades e vilas lugares mais vivos e activos do que o foron como meras residencias de rendistas ociosos pouco preocupados por calquera cousa que non fose cobrar a renda.
Ampliaremos a noticia con información publicada en diversas fontes, pero ata entón deixámosvos co artigo que publicamos en nosquedaportugal sobre a presentación do que é o seu último libro, Caim: duas notas culturais.
Actualização
Depois de ler as homenagens a Saramago em quase tudo blogue e meio de comunicação conheço, acho que esta é a melhor homenagem de tudas:
Onte publiquei o meu artigo en prensa, coa cara xa descuberta, claro!! Europa, patio de recreo.
Empeza ben a cousa, porque durante unhas horas o meu nome foi titular, xunto ó de Pablo G. Mariñas, dunha nova en portada da edición dixital. Moitas grazas, Xornal de Galicia.
Hai uns meses, durante uns días de vacacións en Francia, vivín unha curiosa situación que me fixo reflexionar. Durante a nosa obrigada visita ó Palacio de Versalles, un día calquera dunha semana calquera do outono francés, coincidimos alí con varios grupos de turistas que, casualidade ou non, eran todos orientais. E máis concretamente –polo que puiden comprobar na ringleira onde facilitaban as audioguías nas distintas linguas– maioritariamente chineses.
Eran días onde, como aínda agora, estabamos inmersos na maior crise económica internacional en case cen anos, e onde comezaba a ser evidente que o principal damnificado da ‘gran recesión’ sería Europa (malia que os peores días para a Unión aínda tardarían algo en chegar). Rodeado de turistas chineses, veume á mente un pensamento que aínda hoxe emprego como exemplo do futuro que lle agarda a Europa, se non resolvemos antes as contradiccións do modelo económico actual: A única industria europea florecente será ser o patio de recreo das sociedades emerxentes. Millóns de asiáticos percorrerán 10.000 quilómetros para mercar souvenirs da Torre Eiffel... made in China.
Mentras Europa –incapaz de competir nunha economía global con reglas de xogo diferentes en cada país, inxustas ou inmorais en moitos casos– dá pasos atrás na historia recortando o Estado do Benestar que décadas nos levou construír, moitos atopan consolo na idea, bastante extendida, de que modelos políticos como o chinés tampouco serán sostibles indefinidamente baixo a economía global porque os seus habitantes esixirán aperturas democráticas a medida que melloren as súas rendas, e polo tanto a súa calidade de vida. Pero se algo nos ensinan os libros de historia é que os sistemas políticos que perviven son os que melloran as condicións de vida dos seus habitantes. Os que o empeoran, decaen, e habitualmente fano dun xeito abrupto e nada democrático, para inquedanza de todos. O desencanto popular coa política e o avanzo da ultradereita non deberían ser tomados a broma.
Non pretendo facer quinielas sobre o que acontecerá co modelo chinés nas vindeiras décadas, pero si co noso: a Europa construída sobre a base da superioridade dos grandes poderes económicos –eufemísticamente coñecidos como ‘mercados’– sobre os gobernos democráticos non ten futuro. Esta Europa é ademáis o experimento máis avanzado do modelo favorito deses mercados, aquel onde os poderes económicos campan libremente por riba dos poderes políticos dos Estados. Por iso, o que a crise económica internacional con orixe nos excesos do sistema financeiro desregulado puxo en evidencia foi que a globalización –mercantil e de capitais– sen normas e regulamentos comúns que impoñan reglas de xogo similares para todos é insostíbel.
Non quero perder a ocasión de agradecer a Xornal de Galicia a oportunidade que me brinda para, durante os vindeiros artigos, ofrecer ós lectores a visión que, tras dez anos traballando nos mercados financeiros e xestión de activos, teño sobre as orixes desta profunda crise do sistema, identificar cales son algunhas das eivas que están a lastrar o modelo, e que cousas deben mudar se queremos manter un sistema económico sostíbel e capaz de seguir xerando benestar ós seus cidadáns.
Desde nosquedaportugal promovemos unha campaña solidaria pola pronta escolarización destes analfabetos funcionais que son os niños pijos de Unión Borriquesa. Que burremia máis grande!! Que maneira de facer o ridículo (sen decatarse?).
(grazas a Pablo pola noticia. Pablo redactor de nosquedaportugal XA!!)
Mañán ás 12 da mañán, no hotel Virxe da Cerca de Santiago de Compostela, presentamos en sociedade 'GalegoLab', un laboratorio para crear e desenvolver accións positivas a prol da lingua, principalmente centradas nas culturas emerxentes e nos sectores máis novos da sociedade
QUE É GALEGOLAB?
Un colectivo que pretende configurarse como unha ferramenta permanente de difusión do galego. Ten como obxectivo sumar esforzos e vontades, coñecementos e contactos, habilidades e afeccións en defensa do idioma galego, con tres especificidades: - son accións (e non reflexións ou debates, manifestos ou chamamentos), - sono en positivo - especialmente centradas nas culturas emerxentes e nos sectores máis novos da sociedade.
PROXECTOS EN MARCHA
GLab está a promover unha ferramenta informática, GALEGOLAB (a partir do mércores 9 de xuño accesíbel en www.galegolab.org), a xeito de rede social ou instrumento de crowdsourcing, que promova e coordine achegas de medios humanos, materiais e monetarios para levar adiante esas accións positivas propostas polos usuarios de GALEGOLAB.
As primeira accións que se propoñen -a realizar con medios propios ou mediante as achegas vehiculadas pola plataforma GalegoLab- son Galego de Ida e Volta, concertos na Coruña e Vigo de grupos que empreguen o galego con concerto e actividades paralelas en ambas as cidades, 24 horas full screen, un concurso de vídeos de 5’ que documenten a experiencia persoal de falar galego 24 horas diarias, e Galego Gym, unha edición de músicas de difusión libre pensadas para todo tipo de disciplinas ximnásticas.
FUNCIONAMENTO/FINANCIAMENTO
GalegoLab está formado por socios/as fundadores/as, que son, ademais das persoas asistentes á Asemblea Fundacional, as que dean o seu consentimento antes do acto de presentación, o 9 de xuño de 2010, ás 12.00 h no Hotel Virxe da Cerca de Santiago de Compostela, ou as que asistan ao acto e dean alí a súa conformidade.
As socias fundadoras farán unha derrama inicial (mínimo 30 € por cabeza) para financiar a ferramenta informática. A partir de aí, mensualmente a cota será de calquera cantidade a partir de 10 €. Poderán irse incorporando socias que se comprometan ao pagamento dunha cota mensual de polo menos 10 € e unha cota voluntaria de inscrición, e colaboradoras que unicamente farán achegas económicas voluntarias.
PRESENTACIÓN DE GALEGOLAB DÍA: mércores 9 de xuño HORA: 12.00 h LUGAR: Hotel Virxe da Cerca. Santiago de Compostela
Nas vindeiras semanas falaremos máis polo miúdo dos proxectos de GalegoLab pra promover o uso da nosa língua entre a xente nova e os neofalantes. Animádevos a participar!!
"el BNG, conservador patológico, tiene este rasgo demasiado humano: sólo acierta cuando rectifica. Lo hizo muchas veces en el pasado y lo hará en el futuro. No podrá mantener su apuesta por el retorno a unas esencias que ya nadie sabe en qué consisten y ellos menos que nadie.
Con el PP en el poder Galicia ha perdido peso demográfico, ha devaluado su peso político, y está gobernada por gente que no cree en el autogobierno. Todo indica que Galicia está iniciando el lento camino de su consunción como hecho nacional. (Por ello) es una contradicción que el BNG monopolice el nacionalismo, pretendiendo sostener puntos de vista similares a los de IU, muy respetables, pero lejos del epicentro del país. Tal vez el BNG haya esterilizado el campo del nacionalismo al hacerlo idéntico con una izquierda sectaria (que) vive fuera de su tiempo".
Moitas veces teño avogado pola renovación do nacionalismo galego: o seu futuro pasa por reclamar a bandeira galeguista, que hoxe ostentan outros hipócritamente. E o futuro do nacionalismo como forza(s) política(s) pasa pola escisión do BNG, que permita a moitos miles de galeguistas orfos de opcións políticas votar por unha opción galeguista, con vontade de governar o país, e que non lles exixa asumir estreliñas vermellas nin vivir nun país imaxinario.
Mágoa que os Quintana, Aymerich, Táboas, etc (*) non se atreveran a coller ese camiño. De momento. Porque a que se aveciña nas vindeiras municipais pode ser de traca.
(*) E os Caamaño, Leiceaga, Cuíña, etc... Por qué non aspirar a que o galeguismo agrome nas 3 opcións políticas con representación na actualidade? Boa falta nos fai.
Mirade que fashion 'te me sacan' os de Vieiros hoxe:
Público asistente á charla de Rafael Cuiña onte na Coruña, 'O Galeguismo na encrucillada do século XXI' Fonte: www.vieiros.com
Este venres 'Caralladas' inicia unha nova etapa vital. Traballo, familia i exposición pública mudarán radicalmente na miña vida nos próximos meses, e nosquedaportugal mudará, como non pode ser doutro xeito. Ireivos contando.
(da charla, moi interesante, unha conclusión miña: hai que facer porque o galeguismo no século XXI agrome en todos os campos, sectores da sociedade e opcións políticas. Non vai ser todo pelexar por gañar eleccións -que tamén)