Segundo a cronologia da Revolução, ás 00:20 horas do 25 de abril de 1974 "é dada a senha definitiva, quando foi transmitida a leitura gravada da primeira estrofe da canção "Grândola, Vila Morena" de José Afonso, no programa independente Limite transmitido através da Rádio Renascença. A senha definitiva confirma o início simultâneo das operações em todo o País e comanda o avanço das forças sobre os seus objectivos".
O Estado Novo, réxime de Marcelo Caetano continuador da autarquia fascista do dictador Salazar, atopábase na década dos 70 isolado a nivel internacional, enfrontado ás vellas colonias portuguesas onde comezaran a xurdir movimentos independentistas, e contaba cun respaldo cada vez menor non só na rúa, senón entre as filas do propio exército tras destituir a António de Spínola como vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas.
Na madrugada do 25 de abril execútase de xeito concertado e simultáneo en todo o país o golpe de estado militar contra o governo dictatorial en Portugal. Tras varios comunicados, ás 8:45 horas da mañá emítese nos micrófonos da Emissora Nacional portuguesa o sexto comunicado do Movemento das Forças Armadas, responsable do golpe:
- As Forças Armadas iniciaram uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que venha a manifestar-se. Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da nação, o movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua acção libertadora e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
- Viva Portugal!
Os defensores do réxime dictatorial agóchanse: nin un só home morreu por defendelo, nin un tiro é disparado na súa defensa. O cravo vermello tórnase símbolo da Revolução cando ao amanecer o povo e as tropas coinciden, hai vivas a Portugal e ao Exército, e a euforia desbórdase. 50 anos de dictatura véñense abaixo, mentras "uma florista, que levava cravos para um hotel, terá dado um cravo a um soldado, que o colocou no cano da espingarda. Outros o imitaram, enfiando cravos vermelhos nos canos das suas armas".
A revolução tem triunfado.
Revolução dos Cravos, pola TV francesa, parte 1 de 3
Fonte: http://arrastao.org/
Á Revolução seguiríana dous anos de incertidume e a proclamación dunha Constituição. 36 anos despois, Portugal segue inmerso nunha longa crise económica que se víu continuada no recente escenario internacional, así como nunha crise de identidade no actual contexto de globalización, que só a recuperación dun espíritu de unidade nacional como a do '25 de abril sempre!' pode proporcionar solucións.
Pero os tempos cambian, claro.
Máis info:
- Blog Arrastão, 'Imagens da Revolução'
- Wikipedia, 'Revolução dos Cravos'
- Monografias.com, 'A Revolução dos Cravos'
E aquí non houbo collóns de facelo! O único que pode consolarme é a diversidade das situacións: na España non se estaba a producir unha guerra nas colonias nin milleiros de españois fuxían do país para non participaren nela. Algo así precipita calquera réxime.
ResponderEliminarNa Europa hai dúas revolucións recentes que admiro: a dos Cravos e a de Terciopelo. Digamos que o que pasou na Romenia, con persecución e linchamento incluídos, non é moi do meu gusto.