09/07/11

MARIZA - CHUVA

'Há dias que marcam a alma e a vida da gente'. Non, non falarei do Codex Calistinus. Pónseme mal o sangue e quero chegar a vello.

Un pouco de paz, por favor... neste verán pasado por auga que nos tocou e que, seguramente, tanta falta fai, ahi vos deixo 'Chuva', un dos temas máis recoñecidos da fadista portuguesa nacida en Mozambique, Mariza.





As coisas vulgares que há na vida não deixam saudades
Só as lembranças que doem ou fazem sorrir

Há gente que fica na história da história da gente
e outras de quem nem o nome lembramos ouvir

São emoções que dão vida à saudade que trago
Aquelas que tive contigo e acabei por perder

Há dias que marcam a alma e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva há instantes morrera

A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade

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